domingo, 9 de fevereiro de 2014

Estudo Bíblico: O pecado nos leva a derrota

estudobiblico 300x225 Estudo Bíblico: O pecado nos leva a derrotaAs Escrituras nos dizem que “um só pecador destrói muitos bens” (Ec 9.18), e este pensamento é contextualizado pelo episódio que estudaremos na presente lição.
Acã quase que leva a nação inteira de Israel ao fracasso. De fato: “O pecado é o opróbrio dos povos” (Pv 14.34).
I.                   FRACASSADOS POR CAUSA DO PECADO
 
Para que tenhamos maior compreensão do significado do pensamento sobre o pecado de Acã e suas consequências, devemos, portanto, trazer aos nossos leitores uma definição concisa sobre o pecado e aquilo que ele representa. Um dos maiores problemas da área teológica é a origem do pecado. Todavia, se cremos fielmente nas informações que as Escrituras fornecem sobre o pecado, podemos descobrir sua origem, sua natureza, consequência e coisas assim.
1.      A origem do pecado: A origem do pecado teve seu principio de formação no “coração de Satanás”. A causa principal da queda deste terrível ser foi o “orgulho”, mas o ponto marcante no momento fatal foi a “violência!”. Só Deus conhece e pode explicar a contento a origem do mal, e é Ele quem diz quando teve inicio o primeiro pecado.
Veja: “Se encheu o teu interior de violência e pecastes!” (Ez 28.16b). Aqui, e a partir daqui, portanto, o pecado teve inicio (Is 14.13; 1 Tm 3.6). Houve o momento em que foi detectado o início do pecado no coração de satanás, conforme depreendemos do expressivo (“ATÉ”) que se (“ACHOU”) iniqüidade em ti (Ez 28.16). Com efeito, a característica primordial do pecado, desde o, princípio, em todos os seus aspectos, é que ele, antes de tudo, é praticado contra Deus. Lúcifer inaugurou este principio sombrio.
2.      A natureza do pecado: Por natureza do pecado, se entende, segundo definição do Dr. Torrey, “qualquer falta que fere a santidade de Deus”, quer em ato estado, ou natureza. As palavras que gravitam no hebraico e grego “hattã’th”, “harmonia”, “hamartema”, “parabasis”, “paraptõma”, “poneria”, “anomia” e “adikia”, denotam tortuosidade no sentido próprio e errar o alvo no sentido religioso.
O pecado no sentido lato é sempre citado no singular, para denotar aquele principio pecaminoso que produz a morte, tanto física como espiritual. O pecado é, então personificado como sendo “o grande tirano” que impõe tristeza, desespero e morte, colocando a criatura humana numa “região triste e inativa” (Mt 4.16).
3.      Suas conseqüências: As conseqüências do pecado são detectadas em cada parte do universo-fisico e espiritual e espiritual. Convém notar que, no segundo dia da Criação, Deus não pronunciou a palavra “bom” ou o seu equivalente “boa”, quando criou os “ares” (Gn 1.6-8).
Isso significa que o inimigo de Deus, e dos homens, infestou essas regiões celestes com seres caídos (Ef 2.2; 6.12). Eles ali existem, como inimigos de todo o bem fazendo guerra aos santos. No universo físico, as conseqüências do pecado são sentidas nos seres e nas coisas. Assim o pecado permeou todo o universo da vida e da existência, incluindo cada reino na Criação e afetando cada raça e espécie entre as criaturas!
II.                O PECADO DE ACÃ E SUAS CONSEQUÊNCIAS
 
1.      O pecado causa a morte (v 5): O pecado de Acã trouxe para toda a humanidade à luz da Teologia três gêneros de morte a saber:
·         A morte espiritual (Ef 2.1).
·         A morte física (Gn 3.19; Rm 5.12).
·         A morte eterna (Ap 2.11)
Visto que, diz Paulo: “Pro um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens…” (Rm 5.12). O pecado de Acã, ainda que numa escala menor, trouxe ao povo eleito um fracasso físico, moral e espiritual.
·         Físico: houve “trinta e seis” baixas (v 5).
·         Moral: “o coração do povo se derreteu e se tornou como água” (v 5).
·         Espiritual: “Israel pecou, e até transgrediram o meu concerto…” (v 11).
Uma vez fracassados, os filhos de Israel “viraram as costas diante dos seus inimigos…”. Isso foi bastante doloroso para o povo do De7us vivo!
2.      O pecado de Acã partiu a comunhão com Deus (v 13): Deus exige novamente uma reavaliação na santificação do povo, conforme já tinha feito em Js 3.5, para a travessia do Jordão. “Santificai o povo o povo e dize: Santifica-vos para amanhã…” (v 13). A revelação divina põe em relevo dois grandes princípios ou qualidades morais; a santidade e seu antagonista, o pecado. Pode-se dizer que, na esfera moral, o primeiro corresponde ao (“BEM”) e o segundo ao (“MAL”). O povo fica fraco, onde há pecado; e forte, onde há santidade (Ex 19.10-15).
III.             O PECADO DE ACÃ FOI CONSUBSTANCIADO POR VÁRIAS TRANSGRESSÕES
 
1.      Um só homem pecou, mas a conseqüência veio aos outros (vv 5,11,12): Como o veneno da serpente se generaliza no corpo através da corrente sangüínea, assim é também o pecado. Geralmente, “um abismo chama outro abismo” (Sl 42,7), e no caso de Acã este principio não fugiu à regra. Seu pecado foi progressivo, avançou em direção ao fracasso e o povo perdeu a coragem e a confiança em Deus (v 12).
2.      O pecado de Acã e sua divisão correta: Segundo a divisão correta nada menos de “sete transgressões” ocasionaram a queda deste soldado de Josué (cinco delas confessadas por ele e duas reveladas por Deus).
·         “Pequei contra o Senhor” (v 20). Toda “iniqüidade é pecado”, mas devemos ter em menos que as Escrituras reconhecem a existência de diferentes graus de culpas. Existem cerca de 372 tipos de pecados de acordo com o regulamento da lei e quatro classes de pecadores.
·         Um sacerdote (Lv 4.3).
·         A congregação (Lv 4.13,14).
·         Um príncipe (Lv 4.22,23)
·         Qualquer outra pessoa (Lv 4.27,28). Acã tinha pleno conhecimento da advertência divina (v 18), por isso sua pena foi capital (v 25).
·         “Vi entre os despojos” (v 21). Costumamos dizer que o peixe morre pela boca. Mas, com efeito, isso não é correto. O peixe morre atraído pelos olhos. Geralmente é a isca que lhes convida para a destruição. No caso de Acã, os seus olhos serviram.
·         “Cobicei-os” (v 21). Quando uma pessoa é conduzida pela influência da cobiça, todo o seu ser é afetado. Com efeito, quem cobiça é o coração (Rm 1.24), a carne (Rm 13.14; Ef v2.3; 1 Pe 2.11), o corpo (Rm 6.12), os olhos (Gn 3.6; Jó 31.1; 1 Jo 2.16), a alma (Ap 18.24), isso significa que todo o homem é envolvido (Mt 9.47).
·         “Tomei-os” (v 21). Acã tomou aquilo que não era seu. Toda a cidade era anátema (maldita) ao Senhor (6.17). Quantos crentes não estão tomando aquilo que não lhes pertence, até mesmo o dinheiro que pertence a Deus! O nosso é nosso, mas o de Deus deve ser administrado!
·         “Estão escondidos” (v 21) Acã escondeu os objetos que encontrou na destruição. A mulher de Ló lembrou-se daquilo que foi sucumbido na destruição de Sodoma e Gomorra e foi transformada “numa estátua de sal” (Gn 19.26). Eis a advertência divina para nós hoje. “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo” (1 Jo 2.15).
·         “Transgrediu” (v 11). O pecado quando é tr5aduzido por “transgressão” significa que ele “vai além do limite”. Isto é declínio, ou para a direita ou para a esquerda da linha da santidade (Is 30.21).
·         “Mentiu” (v 11). O pecado da mentira traz o desequilíbrio espiritual a criatura humana. O Senhor disse: “O que usa de engano não ficará dentro da minha casa, o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos” (Sl 101.7). Acã teve a recompensa de sua mentira. Foi morto sem misericórdia (vv 25,26). Que Deus nos guarde de tamanho fracasso. Amém.
 
Autor: Severino Pedro da Silva

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